sexta-feira, 15 de abril de 2011

A danada da cachaça...

Tem coisa melhor que uma cachacinha com tira-gosto, uma caipirinha... pois essa água que passarinho não bebe ainda oferece mais uma coisa de encher os olhos: Rótulos!!!
A exposicão Caprichosamente engarrafada: rótulos de cachaça, no Instituto Tomie Ohtake em São Paulo, reuniu cerca de 400 rótulos, além de pedras litográficas, que fazem parte das coleções do designer gráfico e pesquisador carioca Egeu Laus e do acervo da Fundação Joaquim Nabuco.
 Com curadoria de Egeu Laus, a mostra agrupou os rótulos por temas e é muito divertido ver a variedade de nomes e desenhos utilizados: animais, mulheres, bêbados, indios... As cores e as composições tipográficas.
Muitas vezes o rótulo era idealizado pelo próprio dono do alambique e a gráfica apenas o imprimia, noutras a gráfica desenvolvia e apresentava o desenho final já impresso com tipos móveis ou na matriz que seria impressa. A exposição é uma preciosidade e um bom registro do diversificado design brasileiro.
No final, sabe lá porque, eu já estava vendo tudo tremido... enquanto isso o Inácio fazia a contabilidade de quantas marcas já havia provado das sessenta garrafas ali expostas. Bem, como ninguém é de ferro, saimos dali e voamos para o nosso bar preferido, o São Cristóvão, e saboreamos algumas doses de Claudionor. Hic!

terça-feira, 12 de abril de 2011

Para não esquecer...

Eu ia fazer uma postagem sobre o trabalho de um artista plástico franco-argelino que fez uma homenagem aos mártires da Revolução Tunisiana quando ocorreu o terrível horror-massacre-delírio com os adolescentes da escola em Realengo. Não consegui publicar as fotos, comecei inclusive a achar esse trabalho um pouco mórbido.
Mas refletindo e conversando à respeito da tragédia no Rio de Janeiro penso que não podemos deixar que esses acontecimentos passem em branco e muito menos que se banalizem nos noticiários sensacionalistas. É preciso rever seriamente os rumos que nossa sociedade está tomando em relação à violência, e sobretudo, quais são os modelos que estão sendo reproduzidos em nosso país. A partir daí acredito que esta série de grafites faz muito sentido.
A ideia do Zoo Project (esse é seu nome) consiste em espalhar imagens em tamanho real de cada vítima pelas ruas da capital, Túnis. Segundo o artista, um rapaz de 20 anos, “deixar que estes homens e mulheres fossem esquecidos seria o mesmo que matá-los novamente”. 
Para saber mais http://www.zoo-project.com/

domingo, 10 de abril de 2011

Sobre a Guanabara...

Acabo de assistir um filme maravilhoso sobre a construção do Cristo Redentor. Abaixo um trechinho de De Braços Abertos de Bel Noronha:
“A história da construção de um dos grandes ícones da cidade do Rio de Janeiro. Através de relatos de pessoas que viveram na época de sua construção, e, do diário do brasileiro que idealizou e executou a obra, o engenheiro-arquiteto Heitor da Silva Costa, o filme nos faz voltar ao período da concepção deste monumento que se tornou parte do dia a dia e da identidade do carioca. O planejamento e a construção do Cristo consumiram dez anos da vida de Heitor da Silva Costa – três dos quais em Paris. Foi na capital da França que este brasileiro contratou o escultor Paul Landowski para trabalhar na execução das maquetes trazidas do Brasil. Landowski foi o responsável pela modelagem, em tamanho real, em gesso, do rosto e das mãos da estátua. O documentário mostra a relação afetiva e pessoal do cidadão brasileiro de hoje com o monumento do Rio de Janeiro.”

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Livro pra dormir

Pela manhã o livro pode ser fechado deixando mais espaço no quarto.
Criação do fotógrafo japonês Yusuke Suzuki. Fonte: News/Zupi

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Tudo se cria, muito se edita...


Este video vai para os meus queridos amigos Junko Wada, Edu Nakamotome e Renata Titi, juntos compartilhamos muitas descobertas estéticas, gráficas, fotográficas e cinematográficas nos idos dos anos 80 no curso de comunicação Visual na FAAP... Dá-lhe poperô!!!

terça-feira, 5 de abril de 2011

Home, sweet, home

 O amanhecer em nossa casa é assim, ensolarado! Foto do Inácio
A casa
Vinicius de Moraes
Era uma casa muito engraçada
Não tinha teto, não tinha nada
Ninguém podia entrar nela, não
Porque na casa não tinha chão
Ninguém podia dormir na rede
Porque na casa não tinha parede
Ninguém podia fazer pipi
Porque penico não tinha ali
Mas era feita com muito esmero
na rua dos bobos numero zero

Casa
Lulu Santos
Primeiro era vertigem
Como em qualquer paixão
Era só fechar os olhos
E deixar o corpo ir
No ritmo...
Depois era um vício
Uma intoxicação
Me corroendo as veias
Me arrastando pelo chão
Mas sempre tinha a cama pronta
E rango no fogão
Luz acesa, me espera no portão
Pra você ver
Que eu tô voltando pra casa
Me vê
Que eu tô voltando pra casa
Outra vez

Saudosa maloca
Adoniran Barbosa
Si o senhor não está lembrado
Dá licença de contá
Que aqui onde agora está
Esse edifício arto
Era uma casa véia
Um palacete assombradado
Foi aqui seu moço
Que eu, Mato Grosso e o Joca
Construímos nossa maloca
Mais, um dia
Nem nóis nem pode se alembrá
Veio os homi cas ferramentas
O dono mandô derrubá
Peguemo todas nossas coisas
E fumos pro meio da rua
Aprecia a demolição
Que tristeza que nóis sentia
Cada táuba que caía
Duia no coração
Mato Grosso quis gritá
Mas em cima eu falei:
Os homis tá cá razão
Nós arranja outro lugar
Só se conformemo quando o Joca falou:
“Deus dá o frio conforme o cobertor”
E hoje nóis pega a páia nas grama do jardim
E prá esquecê nóis cantemos assim:
Saudosa maloca, maloca querida,
Dim dim donde nóis passemos os dias feliz de nossas vidas
Saudosa maloca,maloca querida,
Dim dim donde nóis passemo os dias feliz de nossas vidas.

Na rua, na chuva, na fazenda

Hyldon
Não estou disposto
A esquecer seu rosto de vez
E acho que é tão normal
Dizem que eu sou louco
Por eu ter um gosto assim
Gostar de quem não gosta de mim...
Jogue suas mãos para o céu
Agradeça se acaso tiver
Alguém que você gostaria que
Estivesse sempre com você
Na rua, na chuva, na fazenda
Ou numa casinha de sapê...
Não estou disposto
A esquecer seu rosto de vez
E acho que é tão normal
Dizem que soy loco
Por eu ter um gosto assim
Gostar de quem não gosta de mim...
Jogue suas mãos para o céu
Agradeça se acaso tiver
Alguém que você gostaria que
Estivesse sempre com você
Na rua, na chuva, na fazenda
Ou numa casinha de sapê...

Marambaia
Henricão • Rubens Campos
Eu tenho uma casinha lá na Marambaia
fica na beira da praia só vendo que beleza
tem uma trepadeira que na primavera
fica toda florescida de brincos de princesa
quando chega o verão eu sento na varanda
pego o meu violão e começo a cantar
e o meu moreno que está sempre bem disposto
senta ao meu lado e começa a cantar
E quando chega a tarde um bando de andorinhas
voa em revoada fazendo verão
e lá na mata o sabiá gorjeia
linda melodia pra alegrar meu coração
E às seis horas o sino da capela
bate as badaladas da Ave-Maria
a lua nasce por detrás da serra
anunciando que acabou o dia.

Passa em casa
Tribalistas
Passam pássaros e aviões
E no chão os caminhões
Passa o tempo, as estações
Passam andorinhas e verões
Passa em casa
Tô te esperando, tô te esperando
Passa em casa
Tô te esperando, tô te esperando
Estou esperando visita
Tão impaciente e aflita
Se você não passa no morro
Eu quase morro, eu quase morro
Estou implorando socorro
Ou quase morro, ou quase morro
Vida sem graça se você não passa no morro
Já estou pedido que
Passe um tempo, passe lá
Passo mal com os meus lençóis
Passe agora, passe enfim
Um momento pra ficarmos sós
Passe em casa
Tô te esperando, tô te esperando
Passe em casa
Tô te esperando, tô te esperando
Estou esperando visita
Tão impaciente e aflita
Se você não passa no morro
Eu quase morro, eu quase morro
Estou implorando socorro
Ou quase morro, ou quase morro
Vida sem graça
Se você não passa no morro
Já estou pedindo que
Passem passaros e aviões
E no chão os caminhões
Passe o tempo as estações
Passem andorinhas e verões
Passe em casa...

Por enquanto 
Legião Urbana
Mudaram as estações
E nada mudou
Mas eu sei
Que alguma coisa aconteceu
Está tudo assim tão diferente...
Se lembra quando a gente
Chegou um dia a acreditar
Que tudo era prá sempre
Sem saber
Que o pra sempre
Sempre acaba...
Mas nada vai
Conseguir mudar o que ficou
Quando penso em alguém
Só penso em você
E aí então estamos bem...
Mesmo com tantos motivos
Prá deixar tudo como está
E nem desistir, nem tentar
Agora tanto faz
Estamos indo de volta prá casa...

Our house

Crosby, Stills, Nash & Young
I’ll light the fire, while you place the flowers
In the vase that you bought today.
Staring at the fire for hours and hours,
While I listen to you play your love songs
All night long for me, only for me.
Our house, is a very, very, very fine house.
With two cats in the yard,
Life used to be so hard,
Now everything is easy ‘cause of you.
Come to me now, and rest your head for just five minutes,
Everything is done.
Such a cozy room, the windows are illuminated
By the evening sunshine through them,
Fiery gems for you, only for you.
Our house, is a very, very, very fine house.
With two cats in the yard,
Life used to be so hard,
Now everything is easy ‘cause of you.