quarta-feira, 30 de setembro de 2009
sexta-feira, 25 de setembro de 2009
Pomar
Pele macia
segunda-feira, 14 de setembro de 2009
Hã? Como? Que?
Tem coisas que fazemos que dá vontade de sumir, sair correndo, enterrar a cabeça. Um dos foras mais comuns da atualidade é enviar email por engano. Ai ai ai... conheço histórias terríveis de brigas familiares e demissões. É um constrangimento danado. Essa semana protagonizei uma situação dessa, nada grave, mas por um bom tempo fiquei me sentindo a pior das pessoas.
Outra coisa chata é não lembrar o nome de um conhecido quando encntramos por acaso ou então trocar o nome, as vezes passo muito tempo chamando uma pessoa por um nome e descubro que é outro... fazer o que?
Tem aquelas situações em empresa que são demais. Entra uma pessoa, evidentemente procurando um diretor ou gerente, se vira para toda a ralé que está ali trabalhando e pergunta:
- Não tem ninguém aqui?
Quando tinha uns 15 anos era toda metida a intelectual, lia e via tudo o que passasse pela minha frente. Pois um dos cinemas exibia uma mostra de filmes suecos e lá fui eu toda toda. Um pouco antes do início do filme meu acompanhante pergunta:
- Fê, existe Ingmar Bergman e Ingrid Bergman?
- Claaaaaaaro que nãããã, só existe o Ingmar Bergman, que é o diretor desse filme, é que as pessoas erram a grafia, é sueeeeeeeco!!!
Começa o filme e lá estão os letreiros, imeeensos, sobre a linda fotografia: Ingrid Bergman num filme de Ingmar Bergman.
Outro fora homérico que acabou rendendo boas risadas aconteceu em Barcelona. Estava lá com minha família e fomos convidados para um jantar na casa de uma amiga de Fortaleza que lá estudava. Assim que cheguei minha mãe me apresentou a um senhor elegante e um pouco afetado, camisa de seda, correntes de ouro... Esse é o Lúcio, entendi ele dizer que era brasileiro e soltei uma risada, meio óbvia (impossível não sermos brasileiros falando um autentico português com sotaque cearense com a maior desenvoltura) seguida do comentário:
- Você é brasileiro? Eu também sou brasileira. hahahahahaha
Um pouco depois minha mãe me puxa e diz, Fernanda, é o Lúcio Brasileiro! funhénhénhééé...
Lúcio Brasileiro era um colunista social todo badalado de Fortaleza. Foi uma esnobada e tanto!
Pior foi sábado quando um casal de amigos, muito queridos por sinal, Le e Le se mandaram para o Centro Cultural do Banco do Brasil, centro de São Paulo, com passos firmes entraram no prédio e se dirigiram ao andar da mostra de Marc Chagal. Chegando lá um moça os olhou com um ar superior e disse:
- Pois não?
- Sem titubear a Le respondeu: viemos para a exposicão! (que dãããrd)
- Só abre terça-feira, estamos montando!
Uma vez um senhor foi instalar umas cortinas na casa da minha mãe, mais precisamente em seu escritório. Chegando lá ele ficou interessado em saber porque tantos livros e até um computador. Perguntou algumas coisas até que minha mãe falou que era professora.
- Aah, a senhora é professora de colégio, né?
- Não, sou professora universitária, respondeu minha mãe com uma certa simplicidade.
Ele arregalou os olhos e disse:
- Sério, de F-A-C-U-L-D-A-A-A-D-E? Puuuuxa, não parece.
Minha mãe, com toda calma riu e falou, é eu entendo, as pessoas acham que na academia os professores são mais formais, né?
- Nãão, não é bem isso... é que a senhora não tem cara de ser tão inteligente!!!
Notícia nietzcheana
Ouvi o seguinte em um dos jornais da noite:
- Os ladrões entraram e não levaram NADA da casa, só os quadros.
domingo, 13 de setembro de 2009
Tropicalismo dominical
Torquato Neto • Gilberto Gil
Da janela a cidade se ilumina
Como nunca jamais se iluminou
São três horas da tarde, é domingo
Na cidade, no Cristo Redentor - ê, ê
É domingo no trolley que passa - ê, ê
É domingo na moça e na praça - ê, ê
É domingo, ê, ê, domingou, meu amor
Hoje é dia de feira, é domingo
Quanto custa hoje em dia o feijão
São três horas da tarde, é domingo
Em Ipanema e no meu coração - ê, ê
É domingo no Vietnã - ê, ê
Na Austrália, em Itapuã - ê, ê
É domingo, ê, ê, domingou, meu amor [...]
London London
Caetano Veloso
[...]
Oh Sunday, Monday, Autumn pass by me
And people hurry on so peacefully
A group approaches a policeman
He seems so pleased to please them
It's good at least, to live and I agree
He seems so pleased, at least
And it's so good to live in peace
And Sunday, Monday, years, and I agree
While my eyes go looking for flying saucers in the sky
I choose no face to look at, choose no way
I just happen to be here, and it's ok
Domingo no Parque
Gilberto Gil
O rei da brincadeira
Ê, José!
O rei da confusão
Ê, João!
Um trabalhava na feira
Ê, José!
Outro na construção
Ê, João!...
A semana passada
No fim da semana
João resolveu não brigar
No domingo de tarde
Saiu apressado
E não foi prá Ribeira jogar
Capoeira!
Não foi prá lá
Pra Ribeira, foi namorar...
Tropicália
Caetano Veloso
Sobre a cabeça os aviões
Sob os meus pés os caminhões
Aponta contra os chapadões
Meu nariz
Eu organizo o movimento
Eu oriento o carnaval
Eu inauguro o monumento
No planalto central do país...
Viva a bossa
Sa, sa
Viva a palhoça
Ca, ça, ça, ça...
[...]
Domingo é o fino-da-bossa
Segunda-feira está na fossa
Terça-feira vai à roça
Porém!
O monumento é bem moderno
Não disse nada do modelo
Do meu terno
Que tudo mais vá pro inferno
Meu bem!
Que tudo mais vá pro inferno
Meu bem!...
Viva a banda
Da, da
Carmem Miranda
Da, da, da, da...
quinta-feira, 10 de setembro de 2009
terça-feira, 8 de setembro de 2009
Vozes e cores
Acabo de receber um email com este video muito legal. Enquanto assistia lembrei que um dos meus sonhos juvenis era ser cantora. Tinha tudo pra dar certo - adorava interpretar de várias formas minhas canções preferidas e sabia toooooodas as letras de tooooooodas as músicas - se não fosse por um ínfimo detalhe: não ter nenhuma afinação!!! Quando rolava uma roda com cantoria e violão eu tinha que cantar baixinho ou me contentar em ficar soprando as letras para não atrapalhar, a censura era violenta sobre minha voz. Que frustração. Bem, então pensei que poderia ser backing vocal e lá fui eu fazer um teste para o Coral da UFC... vexame total, como diria Caetano fora do tom, sem melodia... fui proibida de ser admitida!!!
E assim, só posso expressar minha (reprimida) arte musical através dos outros, mas saibam que os desafinados também tem coração...