quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Aconteceu, virou cordel!

Lá no meu Ceará o povo é rápido, criativo e não perde uma piada por nada. Bastou pintar um assunto novo que já tão fazendo verso. Hoje logo cedo o Inácio Carvalho, que sabe tudo de política e de comunicação, postou no seu blog Do Carvalho o cordel do Arruda, que eu reproduzo aí abaixo.


Contra o Arruda, arruda na orelha
Raimundo Nonato Silva

O José Roberto Arruda
Pego com a mão na massa
Seria o vice de Serra,
Que é uma outra desgraça
Se a coisa continuar
Vai faltar DEMO na praça.

Arruda pra quem não lembra
É aquele que foi flagrado
Com o canalha ACM
No episódio lembrado
Por todos como a fraude
Do tal "painel do senado".

Ele na época era líder
Do governo FHC
Que comprou os deputados
Para se reeleger
Renunciou entre prantos
Pra ninguém o prender.

Era o P S D B
O seu partido de então,
Parceiro de Sérgio Naia
E outros éticos de então
Foi para o P F L
Recebeu uma promoção.

Saiu na revista Veja
Nas tais páginas amarelas
Mas para sair ali
Desembolsa a bagatela
De 400 mil mangos
Pra revista "Zé ruela".

Explico: ele comprou
Sem qualquer licitação
400 mil da Abril
E daí a rasgação
De seda da tal revista
Para o político ladrão.

Agora o tal Arruda
Esperneia, baba, mija
Só porque foi apanhado
Com a boca na botija
Aponta pra José Serra
Diz: Careca não se aflija.

José Serra que também
Não é flor pra se cheirar
Haja vista o Roubo-Anel,
No povão a desabar
E o buraco do metrô
Sobre o qual não quer falar.

Não esqueça Yeda Crusius,
A raposa lá do sul
Protegida pela mídia
Que enxerga tudo azul
Enquanto o Rio Grande afunda
Num asqueroso Paul.

Arruda já prometeu
Dizer tudo o que ele sabe
Já disse que enviou
Bufunfa para o Kassab
E que o Roberto Freire
Disso também não se gabe.

No Distrito Federal
Diretora de uma empresa
Acusa Augusto Carvalho
De tomar parte em torpeza
Secretário de saúde
Do PPS é certeza.

Segundo essa diretora,
O montante desviado
Em parte a Roberto Freire
Era na hora enviado.
Grana do propinoduto
Por Arruda instalado.

O tal Durval que está
Até o pescoço imerso
Já responde na justiça
A mais de trinta processos
É o grande articulador
De um esquema tão perverso.

Cadê Agripino Maia
Refugo da ditadura?
Cadê Heráclito Fortes
Tão hedionda figura?
É o boca de sovaco
A mais feia criatura.

Esse Heráclito é chegado
Também a fazer trambique
Por funcionária fantasma
No seu gabinete chique
Tinha a filha do déspota
Maior, o Fernando Henrique.

Agora o caldo entornou
Mesmo com a mídia comprada
Arruda será cassado
E com arma disparada
Levará para o abismo
Toda a quadrilha montada.

Roberto Freire, Zé Serra
Heráclito e Agripino
Kassab e outras moléstias
Terão o mesmo destino
E o Brasil ficará livre
Desse grupo tão ferino.

3 comentários:

  1. Que métrica, que poesia, que coisa comtemporânea!
    Muito bom!!!!

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  2. Leandrinho,demais, não?
    Vc precisa entrar no blog do Inácio e ver um cordel sobra a Geisy. Muito bom tb.

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