quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Forma e função

Quem me conhece sabe que eu adoro observar coisas do cotidiano e que em alguns momentos me prendo em mínimos detalhes. Acho uma delícia ver a transformação do uso das palavras e os mais diversos significados que elas vão tomando, novos arremates lógicos. Por vício profissional fico de olho nas formas diversas com que a escrita se apresenta. Gosto de ver a grafia e a forma do português (dito) popular e do português (dito) culto e confesso, acho que tudo vale a pena se a alma não é pequena.





Houve um tempo em que a nível de explanação todas as colocações tinham que passar por algumas questões e ressalvas. Depois veio o momento gerúndiano, onde todos estávamos tendo que estar discutindo, para estar encaminhando para poder estar resolvendo para finalmente estar entendendo. Hoje o que percebo é que no nosso mundo não existem mais necessidades e sim demandas, não se discute o problema do lixo, mas o descarte dos resíduos sólidos e todos as notícias sobre literatura, música, cinema, dança ou teatro vem precedida da palavra cena! Uiiii. Ninguém mais faz nenhum curso ou treinamento, as pessoas estão sendo capacitadas ou passam por formação. E haja cobrança do poder público! Ele, quem é ele, esse tal de poder público... (salve Rita Lee com Esse tal de rock n’ roll).
E dito isso, peço licença pois tenho que fazer a prospecção de alguns projetos junto ao mercado, ou seja, preciso sair pra vender meu peixe e ganhar um tutu. Siga a praca!

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