terça-feira, 30 de novembro de 2010

Silêncio inspirador

Como amante das pinturas e dos desenhos e fazedora de livros não poderia encontrar melhor lugar para repousar os olhos e a alma.

http://osilenciodoslivros.blogspot.com/

 L’etoile de mer, Man Ray

Acabo de conhecer esse blog maravilhoso, dica da minha grande amiga, leitora de tantas edições, livreira, editora e pesquisadora Anaelena, vale a pena se deixar levar.

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

O Rio de Janeiro...

 Igreja da Penha com Complexo do Alemão ao fundo. Foto: Custódio Coimbra
Acompanhando todo noticiário dos últimos dias continuo refletindo e registrando aqui a mudança do uso das palavras e de seus significados, favelas hoje são comunidades. O registro vai em música, a primeira de 1969 e a segunda de 2002.

Aquele abraço
Gilberto Gil
O Rio de Janeiro
Continua lindo
O Rio de Janeiro
Continua sendo
O Rio de Janeiro
Fevereiro e março
Alô moça da favela
Aquele Abraço!
Todo mundo da Portela
Aquele Abraço!
Todo mês de fevereiro
Aquele passo!
Alô Banda de Ipanema
Aquele Abraço!
Meu caminho pelo mundo
Eu mesmo traço
A Bahia já me deu
Régua e compasso
Quem sabe de mim sou eu
Aquele Abraço!
Prá você que me esqueceu
Ruuummm!
Aquele Abraço!
Alô Rio de Janeiro
Aquele Abraço!
Todo o povo brasileiro
Aquele Abraço!

Carnavália
Carlinhos Brown • Marisa Monte • Arnaldo Antunes
Alô Comunidade
Vem pra minha ala que hoje a nossa escola vai desfilar
Vem fazer história que hoje é dia de glória nesse lugar
Vem comemorar, escandalizar ninguém
Vem me namorar, vou te namorar também
Vamos pra avenida, desfilar a vida, carnavalizar
Na Portela tem Mocidade, Imperatriz
No Império tem uma Vila tão feliz
Beija-Flor, vem ver, a porta-bandeira
Na Mangueira tem morenas da Tradição
Sinto a batucada se aproximar
Estou ensaiado para te tocar
Repique tocou, o surdo escutou
E o meu corasamborim
Cuíca gemeu
Será que era eu
Quando ela passou por mim

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

My sweet Keith

Em recente entrevista um jornalista pergunta a Keith Richards, o mais rock n’roll dos Stones e meu eterno ídolo:
Você ficou chateado quando Mick Jagger foi feito Cavaleiro do Império Britânico?
- Porque ficaria? Não sou fã da monarquia. Nunca fui o sujeito que se ajoelha diante do rei, sou o cara que o ameaça com a espada.

Mas de pertinho, esse cara é assim, simpático e bem humorado...

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Breves Diálogos XV

Mondrian, Composition with red, blue and yellow

Alexander Calder ao ver um novo quadro de Piet Mondrian pergunta:
- Por que você não coloca no ar?
- Mas já está no ar, respode ele!

#lulablogs

Essa manhã, em Brasília, o Lula concedeu a primeira entrevista exclusiva para os blogueiros progressistas. Para além do fato histórico, da ótima discussão e dos bons causos contados pelo homem de Garanhuns, o que chama a atenção é o formato da coletiva. Todos com seus computadores portáteis em atividade total, enquanto um falava os outros postavam comentários nos diversos canais virtuais e a participação dos ouvintes-escrivinhadores-tuiteiros acontecia em tempo real. Um momento altamente democrático. E viva a era digital!

Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades,
Muda-se o ser, muda-se a confiança;
Todo o mundo é composto de mudança,
Tomando sempre novas qualidades.
[Luís de Camões, 1524-1580]



Para quem perdeu ao vivo, segue endereço

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Time is on my side...

Marc Chagall, Litografia, 1952

Oração ao Tempo
Caetano Veloso

És um senhor tão bonito
Quanto a cara do meu filho
Tempo tempo tempo tempo
Vou te fazer um pedido
Tempo tempo tempo tempo...

Compositor de destinos
Tambor de todos os rítmos
Tempo tempo tempo tempo
Entro num acordo contigo
Tempo tempo tempo tempo...

Por seres tão inventivo
E pareceres contínuo
Tempo tempo tempo tempo
És um dos deuses mais lindos
Tempo tempo tempo tempo...

Que sejas ainda mais vivo
No som do meu estribilho
Tempo tempo tempo tempo
Ouve bem o que te digo
Tempo tempo tempo tempo...

Peço-te o prazer legítimo
E o movimento preciso
Tempo tempo tempo tempo
Quando o tempo for propício
Tempo tempo tempo tempo...

De modo que o meu espírito
Ganhe um brilho definido
Tempo tempo tempo tempo
E eu espalhe benefícios
Tempo tempo tempo tempo...

O que usaremos prá isso
Fica guardado em sigilo
Tempo tempo tempo tempo
Apenas contigo e comigo
Tempo tempo tempo tempo...

E quando eu tiver saído
Para fora do teu círculo
Tempo tempo tempo tempo
Não serei nem terás sido
Tempo tempo tempo tempo...

Ainda assim acredito
Ser possível reunirmo-nos
Tempo tempo tempo tempo
Num outro nível de vínculo
Tempo tempo tempo tempo...

Portanto peço-te aquilo
E te ofereço elogios
Tempo tempo tempo tempo
Nas rimas do meu estilo
Tempo tempo tempo tempo...

domingo, 21 de novembro de 2010

Trópico-design

Pra tirar coco 
Messias Holanda • Hamilton Oliveira
Eu quero trepar num pé de coco
Eu quero me trepar pra tirar coco
Depois eu quero quebrar o coco
Pra sabe se coco é oco
Tem gente dizendo q eu sou louco
Por eu só falo em tirar coco
Realmente eu quero tirar o coco
Pra depois quebrar o coco
Pra saber se coco é oco

(Antes)
(Depois)
Eu acho s-i-m-p-l-e-s-m-e-n-t-e genial esse novo modo de cortar coco verde em Fortaleza (vejam acima). Isso é uma aula de design, de bom design. Além de garantir uma boa economia de espaço, essas arestas garantem que a àgua gele muito mais rápido. Forma e função em plena harmonia. Tenho certeza que Gropius aprovaria!!!

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Sertão em verso

Fotos de Tiago Santana
Lamento Sertanejo
Dominguinhos • Gilberto Gil
Por ser de lá
Do sertão, lá do cerrado
Lá do interior do mato
Da caatinga do roçado.
Eu quase não saio
Eu quase não tenho amigos
Eu quase que não consigo
Ficar na cidade sem viver contrariado.
Por ser de lá
Na certa por isso mesmo
Não gosto de cama mole
Não sei comer sem torresmo.
Eu quase não falo
Eu quase não sei de nada
Sou como rês desgarrada
Nessa multidão boiada caminhando a esmo.

Sobradinho
Sá e Guarabyra
O homem chega já desfaz a natureza
Tira gente põe represa, diz que tudo vai mudar
O São Francisco lá pra cima da Bahia
Diz que dia menos dia, vai subir bem devagar
E passo a passo, vai cumprindo a profecia
Do beato que dizia que o sertão ia alagar
O sertão vai virar mar
Dói no coração
O medo que algum dia
O mar também vire sertão
O sertão vai virar mar
Dói no coração
O medo que algum dia
O mar também vire sertão
Adeus Remanso, Casanova, Sento Sé
Adeus Pilão Arcado veio o rio te engolir
Debaixo d’água lá se vai a vida inteira
Por cima da cachoeira, o Gaiola vai subir
Vai ter barragem no Salto do Sobradinho
O povo vai se embora com medo de se afogar
O sertão vai virar mar
Dói no coração
O medo que algum dia
O mar também vire sertão
Vai virar mar
Dói no coração
O medo que algum dia
O mar também vire sertão
Remanso, Casanova, Sento Sé
Pilão Arcado, Sobradinho, adeus, adeus
Remanso, Casanova, Sento Sé
Sobradinho, adeus, adeus
Remanso, Casanova, Sento Sé
Sobradinho, adeus, adeus

O Sertão te espera
Dominguinhos
Vem
o sertão
Tá chamando a gente
O sol ora frio, ora quente
O vento pra nos refrescar
Vem
O sertão nos espera sorrindo
É um pai que castiga sentindo
Vontade de nos embalar
Vem
Sertanejo sofrido e sem sorte
E mesmo na hora da morte
Coragem não se vê faltar
Vem
Que nesse sertão de bravura
Não uma há só criatura
Para dar sem nada fazer
Vem
Que esse chão é bem firme e forte
É nosso sertão, nossa terra
Bendito sertão do meu norte

Luar do Sertão
Catullo da Paixão Cearense • João Pernambuco
Ah que saudade
Do luar da minha terra
Lá na serra branquejando
Folhas secas pelo chão
Este luar cá da cidade tão escuro
Não tem aquela saudade
Do luar lá do sertão
Não há oh gente oh não
Luar como este do sertão
Não há oh gente oh não
Luar como este do sertão
A gente fria
Desta terra sem poesia
Não se importa com esta lua
Nem faz caso do luar
Enquanto a onça
Lá na verde da capoeira
Leva uma hora inteira
Vendo a lua derivar
Não há oh gente oh não
Luar como este do sertão
Ai quem me dera
Que eu morresse lá na serra
Abraçado à minha terra
E ormindo de uma vez
Ser enterrado numa grota pequenina
Onde à tarde a surubina
Chora a sua viuvez
Não há oh gente oh não
Luar como este do sertão
Não há oh gente oh não
Luar como este do sertão

Rachel faz 100 anos

Rachel de Queiroz* na Fazenda Não Me Deixes, Ceará, 1998. Foto: Eder Chiodetto

- E então?
- Então, o que?
- As memórias!
Você sabe que não gosto de memórias. Nunca pretendi escrever memória nenhuma. É um gênero literário - e será literário mesmo? - onde o autor se coloca abertamente como personagem principal e, quer esteja falando de si, quer confessando maldades, está em verdade dando largas às pretensões do seu ego - grande figura humana ou grande vilão. O ponto mais discutível em memórias são as confissões, gênero que sempre abominei, pois há coisas na vida de cada um que não se contam.
[...] Vamos fazer um acordo: não vou falar espontaneamente. Você terá que me extorquir as lembranças do passado, as coisas que testemunhei, as pessoas que conheci. Se quiser conto, se não quiser não conto. Prometo apenas não mentir.
(Trecho do livro de memórias Tantos Anos, Rachel de Queiroz e Maria Luíza Queiroz)
*A escritora nasceu em 17/11/1910  e faleceu em  04/11/2003

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Memória afetiva*

Dora Carrington, pintora, 1893|1932

*Para minha querida amiga Anaelena

E por falar em escrita... ei abestado!!!

Save salve Tiririca!!!
Sim, Tiririca sabe ler e escrever e mais, sabe interpretar também: “De acordo com o presidente do TRE-SP, Tiririca teve de ler uma notícia de jornal e fazer uma interpretação do que leu e escreveu.”

A polêmica começou depois de uma reportagem da revista Época, poucas semanas antes da eleição, apontando que Tiririca era analfabeto, de acordo com pessoas que trabalhavam e conviviam com ele. No ato do registro da candidatura, Tiririca, assim como todos os candidatos, entregou um documento atestando que tinha o primeiro grau incompleto, mas que sabia ler e escrever. O documento foi submetido à perícia, que apontou irregularidades na caligrafia - uma pessoa poderia ter escrito por Tiririca. O palhaço se recusou a fazer a perícia do documento, o que foi aceito pelo TRE-SP, já que ninguém é obrigado a produzir uma prova contra si mesmo. (Fonte: Yahoo! Brasil)

Eu me pergunto, porque uma pessoa tem que ser submetida a um constrangimento desse porte baseado numa reportagem de uma revista - péssima, tendenciosa e futriqueira - semanal?
Ora menino, menino menino... mas num to dizendo menino...

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Forma e função

Quem me conhece sabe que eu adoro observar coisas do cotidiano e que em alguns momentos me prendo em mínimos detalhes. Acho uma delícia ver a transformação do uso das palavras e os mais diversos significados que elas vão tomando, novos arremates lógicos. Por vício profissional fico de olho nas formas diversas com que a escrita se apresenta. Gosto de ver a grafia e a forma do português (dito) popular e do português (dito) culto e confesso, acho que tudo vale a pena se a alma não é pequena.





Houve um tempo em que a nível de explanação todas as colocações tinham que passar por algumas questões e ressalvas. Depois veio o momento gerúndiano, onde todos estávamos tendo que estar discutindo, para estar encaminhando para poder estar resolvendo para finalmente estar entendendo. Hoje o que percebo é que no nosso mundo não existem mais necessidades e sim demandas, não se discute o problema do lixo, mas o descarte dos resíduos sólidos e todos as notícias sobre literatura, música, cinema, dança ou teatro vem precedida da palavra cena! Uiiii. Ninguém mais faz nenhum curso ou treinamento, as pessoas estão sendo capacitadas ou passam por formação. E haja cobrança do poder público! Ele, quem é ele, esse tal de poder público... (salve Rita Lee com Esse tal de rock n’ roll).
E dito isso, peço licença pois tenho que fazer a prospecção de alguns projetos junto ao mercado, ou seja, preciso sair pra vender meu peixe e ganhar um tutu. Siga a praca!

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Breves Diálogos XIV

Na sala de espera da Central de Imagem de um hospital, enquanto eu aguardava para fazer uma radiografia e um ultrassom do meu pé, a enfermeira aparece na porta com todas aquelas guias de exames e chama:
- Sr. Fulano de Tal
- Sou eu, prontamente se apresenta um senhor muito distinto e elegante.
- O senhor está com a bexiga cheia?
- Bom, eu já tomei 20 copos d‘água, mas não sei dizer se a minha bexiga já está cheia, por que, veja bem, o meu problema é justamente esse, a minha uretra...
e felizmente ele sumiu pelo corredor!

Ao meu lado estavam mais umas quatro mulheres, nos entreolhamos e todas caímos na risada, afinal, quem precisa saber de tantos detalhes, não?

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Viva a espontaneidade

Repórter paraibano, Fabiano Antunes, interrompe reportagem ao ser surpreendido com acidente de trânsito. O engavetamento que envolveu 6 carros aconteceu na Epitácio Pessoa, principal avenida da cidade de João Pessoa.

Minha querida amiga Dani após ler as postagens que fiz sobre a capital da Paraíba e sobre trânsito me mandou esse filminho. Não resisti e aqui publico:

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Dias coloniais





Centro histórico de João Pessoa - PB

Noites tropicais

No início de outubro, ficamos uns dias em João Pessoa, foram dias de muito passear e noites relaxantes no aconchego do Cabo Branco.

Inácio esquadrinhando todos os blogs e pesquisas sobre o 2º turno
Selminha lendo alfarrábios de 1910
Rodolfo preparando a nova exposição-publicação

e eu só clicando...

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Sobre mesa

Hora do almoço
Belchior
No centro da sala,
diante da mesa,
no fundo do prato,
comida e tristeza.
A gente se olha,
se toca e se cala
E se desentende
no instante em que fala.
Cada um guarda mais o seu segredo,
sua mão fechada
sua boca aberta
seu peito deserto,
sua mão parada,
lacrada,
selada,
molhada de medo.
Pai na cabeceira: É hora do almoço.
Minha mãe me chama: É hora do almoço.
Minha irmã mais nova, negra cabeleira...
Minha avó me chama: É hora do almoço.
... E eu inda sou bem moço
pra tanta tristeza.
Deixemos de coisas,
cuidemos da vida,
senão chega a morte
ou coisa parecida,
e nos arrasta moço
sem ter visto a vida
ou coisa parecida aparecida

Naquela mesa
Sérgio Bittencourt
Naquela mesa ele sentava sempre
E me dizia sempre o que é viver melhor
Naquela mesa ele contava histórias
Que hoje na memória eu guardo e sei de cor
Naquela mesa ele juntava gente
E contava contente o que fez de manhã
E nos seus olhos era tanto brilho
Que mais que seu filho
Eu fiquei seu fã
Eu não sabia que doía tanto
Uma mesa num canto, uma casa e um jardim
Se eu soubesse o quanto dói a vida
Essa dor tão doída, não doía assim
Agora resta uma mesa na sala
E hoje ninguém mais fala do seu bandolim
Naquela mesa ta faltando ele
E a saudade dele ta doendo em mim
Naquela mesa ta faltando ele
E a saudade dele ta doendo em mim

Garçom
Reginaldo Rossi
Garçom! Aqui!
Nessa mesa de bar
Você já cansou de escutar
Centenas de casos de amor...
Garçom!
No bar todo mundo é igual
Meu caso é mais um, é banal
Mas preste atenção por favor...

Retrato marrom
Rodger Rogério • Fausto Nilo
Ai meu coração sem natureza
Vê se estanca essa tristeza que ilumina o escuro lar
O nosso amor é um escuro lar
Suspiro azul das bocas presas
O medo em minha mão que faz tremer a tua mão
Transpassa o coração, joga fumaça em meu pulmão
Silente esquina no Brasil
Nos verdes mares, calma lama, num desespero sem canção
Guarda o teu olhar de ave presa
Na toalha de uma mesa
Sem mirar a luz do sol, não há calor na luz do sol
O fim da festa é uma certeza
Te vejo em minha vida como um retrato marrom
São lembranças perdidas de um passado, e tudo bom
Brilha um punhal em teu olhar
Sinto o veneno do teu beijo
Era moderno o meu batom, batom, batom, batom ...

Matança
Xangai • Jatobá
Cipó caboclo tá subindo na virola
Chegou a hora do pinheiro balançar
Sentir o cheiro do mato da imburana
Descansar morrer de sono na sombra da barriguda
De nada vale tanto esforço do meu canto
Pra nosso espanto tanta mata haja vão matar
Tal mata Atlântica e a próxima Amazônica
Arvoredos seculares impossível replantar
Que triste sina teve cedro nosso primo
Desde de menino que eu nem gosto de falar
Depois de tanto sofrimento seu destino
Virou tamborete mesa cadeira balcão de bar
Quem por acaso ouviu falar da sucupira
Parece até mentira que o jacarandá
Antes de virar poltrona porta armário
Mora no dicionário vida eterna milenar

Nada de novo
Paulinho da Viola
Papéis sem conta
Sobre a minha mesa
O vento espalha as cinzas que deixei
Em forma de poemas antigos
Relidos
Perdido enfim confesso
Até chorei
Nada mais importa
Você passou
Meu samba sem razão
Se acabou
Um sonho foi desfeito
Alguma coisa diz
Preciso abandonar
Os versos que já fiz

Breves Diálogos XIII

Numa reportagem sobre trânsito no jornal do meio-dia, a jornalista pergunta a um transeunte o que ele acha de um certo tipo de irregularidade cometida pelos motoristas, e a resposta vem na lata:
- Olha, o certo é fazer o correto.

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Dilma lá

Agora chegou a vez, vou cantar
Mulher brasileira em primeiro lugar
Agora chegou a vez, vou cantar
Mulher brasileira em primeiro lugar
Norte a sul do meu Brasil
Caminha sambando quem não viu
Mulher de verdade, sim, senhor
(Mulher Brasileira • Benito Di Paula)