segunda-feira, 29 de novembro de 2010

O Rio de Janeiro...

 Igreja da Penha com Complexo do Alemão ao fundo. Foto: Custódio Coimbra
Acompanhando todo noticiário dos últimos dias continuo refletindo e registrando aqui a mudança do uso das palavras e de seus significados, favelas hoje são comunidades. O registro vai em música, a primeira de 1969 e a segunda de 2002.

Aquele abraço
Gilberto Gil
O Rio de Janeiro
Continua lindo
O Rio de Janeiro
Continua sendo
O Rio de Janeiro
Fevereiro e março
Alô moça da favela
Aquele Abraço!
Todo mundo da Portela
Aquele Abraço!
Todo mês de fevereiro
Aquele passo!
Alô Banda de Ipanema
Aquele Abraço!
Meu caminho pelo mundo
Eu mesmo traço
A Bahia já me deu
Régua e compasso
Quem sabe de mim sou eu
Aquele Abraço!
Prá você que me esqueceu
Ruuummm!
Aquele Abraço!
Alô Rio de Janeiro
Aquele Abraço!
Todo o povo brasileiro
Aquele Abraço!

Carnavália
Carlinhos Brown • Marisa Monte • Arnaldo Antunes
Alô Comunidade
Vem pra minha ala que hoje a nossa escola vai desfilar
Vem fazer história que hoje é dia de glória nesse lugar
Vem comemorar, escandalizar ninguém
Vem me namorar, vou te namorar também
Vamos pra avenida, desfilar a vida, carnavalizar
Na Portela tem Mocidade, Imperatriz
No Império tem uma Vila tão feliz
Beija-Flor, vem ver, a porta-bandeira
Na Mangueira tem morenas da Tradição
Sinto a batucada se aproximar
Estou ensaiado para te tocar
Repique tocou, o surdo escutou
E o meu corasamborim
Cuíca gemeu
Será que era eu
Quando ela passou por mim

Um comentário:

  1. Pena que essa "mudança do uso das palavras e de seus significados" ainda são acompanhadas e despidas de muito preconceito e falta de informação. Apenas alguns exemplos "clássicos" dignos de revisão: denegrir, mulata(o), afro descendente (sem niguém começar fazer ligações de como o Negro é tratado nos EUA e achar isso um "embalo" apenas) e esse lance de Comunidade x Favela, seria mais importante essas pessoas terem uma qualidade de vida melhores de moradia e saneamento.
    Bjs

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